Simpósio em Saúde Única: Desafios e Novas Abordagens Para as Regiões Norte e Nordeste
(25 de abril de 2019)
As mudanças induzidas pelo homem em nosso ambiente causadas pela destruição ou modificação do habitat, desenvolvimento industrial e urbano, crescimento populacional e o movimento global de pessoas e animais mudou fundamentalmente a maneira como as doenças afetam não apenas a vida selvagem, mas também ecossistemas inteiros.
Neste contexto, o conhecimento sobre diferentes enfermidades que acometem animais selvagens, tanto in-situ como ex-situ, permite compreender o efeito impactante destes sobre a conservação da biodiversidade, assim como os riscos para outros animais, incluindo o homem. O conceito de “One Health”, Saúde Única, tem ganhado notoriedade nas últimas duas décadas. Esse conceito reúne a ideia de que a saúde humana e animal são interdependentes e vinculadas à saúde dos ecossistemas em que existem. Também consiste numa estratégia mundial adotada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), tendo como objetivo a colaboração interdisciplinar entre entidades e/ou organismos de todos os temas relacionados com a saúde das pessoas e animais. Essa maneira de olhar para a saúde exige mudanças que considerem o valor biológico, político e econômico da vida selvagem e as conseqüências da perda da biodiversidade. Assim, promover e implementar o conceito de “Saúde Única” torna-se estratégico. Nesse sentido, um dos grandes desafios para implementação da Saúde Única é como monitorar e estudar a saúde e a transmissão de parasitos agentes em animais silvestres, em um país megadiverso e com grande extensão territorial como o Brasil.
A programação do Simpósio, que tem foco na regiões Norte e Nordeste, inclui palestras e mesas-redondas envolvendo o tema Saúde Única e visa reunir pesquisadores, profissionais, técnicos e estudantes com atuação voltada à área de animais silvestres, desenvolvimento do conhecimento científico, vigilância, ensino e saúde pública para promover um fórum de discussão sobre técnicas e exemplos de estudos em animais de vida livre com vistas à formação de recursos humanos. Adicionalmente, são esperados representantes de agências governamentais ligadas à promoção de saúde e à execução de instrumentos da política regional de Saúde, representantes de ONGs e profissionais atuantes na área de saúde pública.